À semelhança
de muitos outros sectores da sociedade, também a Educação tem sido visada nos
cortes de financiamento, impedindo a milhares de jovens a continuação ou o
acesso ao Ensino Superior. Na Universidade de Coimbra que, de momento, paga mais
impostos ao Estado do que os fundos que dele recebe, os cortes têm-se feito
sentir tanto no fecho da lavandaria dos SASUC como na diminuição do número de
bolsas atribuídas, e estendem-se agora às cantinas. Depois da reivindicação pela
abertura de uma cantina ao fim-de-semana (abertura essa que se veio a
concretizar no início de Maio), os Serviços de Acção Social da UC levantaram a
possibilidade de encerrar “uma ou duas cantinas” do Pólo I, de forma a
contrabalançar os gastos ao fim-de-semana. A espera não foi longa e as “Verdes”
estão já fechadas. A existência de uma cantina aberta ao fim-de-semana não
deveria ser um luxo, antes um direito! Por este motivo, foi convocado para 5ª
feira um protesto pela reabertura das “Verdes” e, principalmente, para evitar
que, num futuro próximo, outras cantinas sejam encerradas.
A Assembleia
Popular de Coimbra mostra-se, assim, solidária com os estudantes, entendendo que
esta decisão, à semelhança de demasiadas outras, é fruto do favorecimento de
interesses económicos em detrimento do investimento na Educação, o que tem
levado a uma crescente elitização do Ensino Superior.
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