A Assembleia Popular de Coimbra (APC) é uma estrutura de deliberação colectiva aberta à participação de toda a comunidade cujos participantes mais activos são na sua maioria activistas inspirados pelos movimentos sociais que sucederam a primavera árabe, sobretudo o 15M espanhol mais conhecido como movimento dos indignados. Em torno da APC têm-se organizado acções diversas com cariz apartidário, laico e pacífico, visando a recuperação do sentido de comunidade através da ocupação dos espaços públicos. Acreditamos que da luta pelo "público" e pelo "comum" poderão ser lançadas as sementes para uma nova democracia. Uma democracia inclusiva, onde os valores da autodeterminação (ou autonomia), da igualdade e da liberdade sejam as linhas condutoras da construção duma sociedade para todas e para todos. O processo de decisão usado na APC é o consenso e não o voto porque não se pretende que a APC tenha unicamente uma função legitimadora de projectos individuais ou de grupos com interesses específicos mas sobretudo que proporcione condições para o desenvolvimento de trabalho colectivo assente nos valores da solidariedade e do respeito.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Pelo Direito à Informação e em Solidariedade com os Trabalhadores da Agência LUSA


A recente decisão da Agência Lusa de encerrar a sua delegação em Coimbra merece da Assembleia Popular de Coimbra o mais vivo repúdio.
Consideramos que esta medida compromete seriamente o direito à informação dos cidadãos residentes na zona centro e, por outro lado, abre a porta a que os jornalistas sejam gravemente penalizados, quer na sua remuneração e condições de trabalho, quer mesmo na forte possibilidade de se verificarem despedimentos. Para além do seu carácter economicista, esta decisão vem no seguimento de um processo generalizado de precarização e retirada de direitos de todas as pessoas que vivem e trabalham neste país.
 O encerramento da delegação da Agência LUSA em Coimbra, que se realiza em simultâneo com o encerramento das delegações de Évora e Faro, vem juntar-se aos muitos outros serviços deslocados para fora da nossa cidade, especialmente para Lisboa e Porto, tornando cada vez mais forte o centralismo que se vem agigantando em Portugal e provocando uma crescente desertificação de pessoas e serviços no restante território português.

Pelo Direito à Informação!
Em Solidariedade com os Trabalhadores!

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