A Assembleia Popular de Coimbra (APC) é uma estrutura de deliberação colectiva aberta à participação de toda a comunidade cujos participantes mais activos são na sua maioria activistas inspirados pelos movimentos sociais que sucederam a primavera árabe, sobretudo o 15M espanhol mais conhecido como movimento dos indignados. Em torno da APC têm-se organizado acções diversas com cariz apartidário, laico e pacífico, visando a recuperação do sentido de comunidade através da ocupação dos espaços públicos. Acreditamos que da luta pelo "público" e pelo "comum" poderão ser lançadas as sementes para uma nova democracia. Uma democracia inclusiva, onde os valores da autodeterminação (ou autonomia), da igualdade e da liberdade sejam as linhas condutoras da construção duma sociedade para todas e para todos. O processo de decisão usado na APC é o consenso e não o voto porque não se pretende que a APC tenha unicamente uma função legitimadora de projectos individuais ou de grupos com interesses específicos mas sobretudo que proporcione condições para o desenvolvimento de trabalho colectivo assente nos valores da solidariedade e do respeito.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Debate: O que é o Pacto do Euro

#acampadacoimbra
assembleia popular

DEBATE
O que é o Pacto do Euro?

com a participação de:
José Reis (ces/feuc)
João Rodrigues (ces/feuc)
José Castro Caldas (ces/feuc)

5 de Julho , 21h00
Teatro da Cerca de S. Bernardo
(junto ao Pátio da Inquisição)

Junta-te a nós!
Faz ouvir a tua voz!!!
democracia verdadeira, já!


A 27 de Junho, diversos os governos europeus, incluindo o de Portugal, vão assinar, em Bruxelas, um novo tratado socioeconómico: o chamado Pacto do Euro, através da qual os políticos da União Europeia acordam em legislar as ordens do Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e do Banco Mundial. 

O pacto é profundamente antidemocrático, questões que não foram incluídas nos tratados da União Europeia, e referendadas nalguns países, são hoje abordadas pelas decisões do Ecofin como imposições aos governos de diferentes países, interferindo em matérias como a segurança social, os salários, a negociação colectiva, as pensões de reforma, os sistemas de saúde e educação, que deverão ser da exclusiva responsabilidade da acção dos governos nacionais e dos espaços de concertação social desenvolvidos em cada um dos países. 

A assinatura do pacto significará maiores sacrifícios para o povo com medidas de austeridade que resultem em: aumentar a idade da reforma, cortes salariais e precarização do trabalho, na eliminação de serviços e benefícios sociais, no congelamento e cortes nas pensões de reforma, cortes no sistema nacional de saúde, cortes e redução do sistema público de educação, aumento dos impostos directos e indirectos, etc .

De fora do pacto, surpreendentemente ou talvez não, ficam: a menção de intervenção nos paraísos fiscais onde as grandes fortunas fogem aos impostos; a tributação das grandes transacções financeiras internacionais; a menção a auditorias públicas e independentes da dívida pública.

A dificuldade de acesso a esta informação e a inexistência de esclarecimentos públicos sobre o Pacto do Euro é, por um lado, devido à falta de transparência política das instituições europeias e nacionais, por outro, devido ao receio da opinião dos cidadãos europeus que desde logo contestariam a assinatura de algo em seu nome e sem o seu consentimento.

Apelamos à sua participação neste debate.

Junte-se a nós! Faça ouvir a sua voz!

DEMOCRACIA VERDADEIRA, JÁ!



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