A Assembleia Popular de Coimbra (APC) é uma estrutura de deliberação colectiva aberta à participação de toda a comunidade cujos participantes mais activos são na sua maioria activistas inspirados pelos movimentos sociais que sucederam a primavera árabe, sobretudo o 15M espanhol mais conhecido como movimento dos indignados. Em torno da APC têm-se organizado acções diversas com cariz apartidário, laico e pacífico, visando a recuperação do sentido de comunidade através da ocupação dos espaços públicos. Acreditamos que da luta pelo "público" e pelo "comum" poderão ser lançadas as sementes para uma nova democracia. Uma democracia inclusiva, onde os valores da autodeterminação (ou autonomia), da igualdade e da liberdade sejam as linhas condutoras da construção duma sociedade para todas e para todos. O processo de decisão usado na APC é o consenso e não o voto porque não se pretende que a APC tenha unicamente uma função legitimadora de projectos individuais ou de grupos com interesses específicos mas sobretudo que proporcione condições para o desenvolvimento de trabalho colectivo assente nos valores da solidariedade e do respeito.
Para a próxima quarta-feira, dia 29 de Fevereiro, os Utentes dos Transportes Colectivos - Coimbra convocaram acções em defesa do Direito à Mobilidade e dos Transportes Públicos. A Assembleia Popular de Coimbra apoia e apela à mobilização para estas acções!
- 16:30, Estação Coimbra-parque
Manifestação pelo Direito à Mobilidade e em Defesa dos Transportes Públicos
(Estação Coimbra-parque > Câmara Municipal > Estação Coimbra-A)
- 18:00, Estação Nova Plenário de Utentes dos Transportes Colectivos
- Contra os aumentos dos preços das viagens e passes
- Contra a extinção de horários, carreiras, ligações e passes sociais
- Contra a privatização de empresas públicas de transportes
- Pela reposição/reactivação do ramal da Lousã e demais linhas ferroviárias
- Em solidariedade com os trabalhadores dos transportes públicos e as sua lutas
Sábado 18 de Fevereiro – Dia de Mobilização Internacional:
Somos todxs gregxs!
Quando um povo é atacado, todos os povos são atacados.
A 10 de Fevereiro, o governo grego não eleito adoptou um hediondo e destrutivo plano de austeridade, aprovado pelo parlamento (199 deputados votaram a favor, contra os restantes 101) no dia 12 de Fevereiro.
As novas medidas de austeridade impõem uma redução de 22% no salário mínimo, que estará congelado durante os próximos 3 anos; a contratação colectiva foi simplesmente eliminada; 15 mil trabalhadores serão despedidos e 150 mil postos de trabalho serão destruídos pela não renovação de contratos…
O povo da Grécia está a erguer-se de forma corajosa contra estas políticas de terror social. Com o silêncio mudo dos meios de comunicação social, manifestações, bem como greves gerais, tornam-se mais e mais frequentes apesar da violenta repressão.
O povo da Grécia necessita da solidariedade internacional e chamam pelo nosso apoio. [1]
Respondamos à sua chamada. Somos todxs gregxs!
A sua mobilização está a colidir contra a muralha de uma ditadura europeia e internacional, a ditadura dos mercados financeiros e da troika: União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, que impuseram aos gregos medidas de austeridade e um governo não eleito.
Os governos da União Europeia estão envolvidos na ditadura e implementam medidas que seguem a mesma linha no resto dos países. A Grécia está a ser usada como um laboratório antes de estas medidas serem generalizadas. A situação irá ficar ainda pior devido ao novo projecto do Tratado Europeu, que irá impor a «regra de ouro» nas nossas constituições nacionais.
Como o fazem os gregos, rejeitamos o sacrifício das pessoas pelo dinheiro.
Recuperemos as rédeas nas nossas vidas.
Desliga o computador, junta-te à mobilização!
No próximo sábado, dia 18 de Fevereiro, irão realizar-se manifestações por toda a parte em solidariedade com o povo da Grécia.
Amanhã, por toda a Europa, milhares de pessoas sairão à rua para erguer as suas vozes contra a ACTA (Anti Counterfeiting Trade Agreement), um acordo que ameaça a liberdade na internet. Este acordo tem o objectivo formal de proteger a propriedade intelectual a uma escala internacional, mas vai muito para além disso.
Dizer NÃO à ACTA é dizer NÃO a:
- Patenteação de sementes,
- Proibição de genéricos,
- Censura na Internet,
- Restrições na liberdade de expressão,
- Monitorização total de todas as nossas actividades online,
- Perda de liberdades e direitos civis,
- Perda de conexão com a Internet para aqueles que violarem estas regras.
A Assembleia Popular de Coimbra toma uma posição clara de rejeição da ACTA, e apoia a manifestação que foi convocada pelos Anonymous Coimbra para amanhã, às 11h30, na Praça da República. A mobilização contra este Acordo orquestrado de forma completamente anti-democrática é essencial!
A Assembleia Popular de Coimbra sugere ainda aos participantes a realização, no final do protesto, de uma Assembleia Temática em que, de forma aprofundada, se faça uma discussão e informação sobre a ACTA e as suas consequências e, eventualmente, se planeiem novas acções de protesto ou de sensibilização sobre a ACTA.
Na “Proposta de Continuidade” da Plataforma 15O, tornada pública em http://www.15deoutubro.net/pagina-inicial/1-docs/620-proposta-de-continuidade.html, pode ler-se a proposta de “apoiar a organização, para o dia 25 de Fevereiro, um encontro nacional de activistas, unindo todas as pessoas e grupos que queiram juntar-se para alimentar as grandes mobilizações populares contra o ataque desencadeado pelo governo em parceria com a troika, que nos levará a um retrocesso histórico em termos de direitos conquistados, o que culminará no fim de uma democracia, já moribunda. Este encontro deve procurar a união de todos e todas que reconheçam que é absolutamente necessário quebrar o discurso único imposto pelo poder económico, construir alternativas.”
Já no Encontro Nacional de Assembleias Populares [realizado nos passados dias 14 e 15 de Janeiro, em Coimbra, no qual participaram cerca de 50 activistas integrados ou não em várias assembleias populares, movimentos e grupos (entre os quais a Plataforma 15O)] tinha ficado claro que era da opinião de todxs que a realização de novos encontros era essencial para fortalecer a cooperação entre os vários movimentos a nível nacional.
A Plataforma 15O apresentou à Assembleia Popular que se seguiu à Marcha da Indignação (dia 21 de Janeiro), em Lisboa, a referida proposta e intenção de convocar um Encontro Nacional de Activistas sem, no entanto, ter procurado previamente apresentar e discutir a ideia com diversos outros movimentos, grupos e indivíduos (nomeadamente os que estiveram presentes no primeiro Encontro). Este parece-nos não ser o melhor caminho a tomar. No que toca a Encontros Nacionais que, como o realizado no passado fim-de-semana e o que a Plataforma 15O propõe, pretendem agregar diversos movimentos, grupos e activistas, achamos ser fundamental a discussão prévia nas bases dos vários grupos de questões como a data e o local de realização do Encontro, o seu programa e a dinâmica de funcionamento. Desse modo, possibilita-se encontrar consenso sobre, por exemplo, que local e datas permitem que mais indivíduos e grupos consigam estar presentes, e que programa e dinâmicas parecem mais adequadas às várias partes (um processo que, aliás, antecedeu a convocação, para 14 e 15 de Janeiro, do Encontro Nacional de Assembleias Populares).
Assim, apelamos que a comunicação entre os vários movimentos e grupos comece de imediato, abrindo-se à discussão todas as questões relativas a este Encontro de modo a que se possa chegar a uma convocatória conjunta que seja do agrado de todxs. Aproveitamos, desde já, para colocar algumas questões que nos parecem pertinentes e que achamos que devem ser discutidas:
1 – A escolha da data 25 de Fevereiro prende-se com alguma questão específica?
2 – A vossa ideia era o Encontro ter carácter deliberativo? Ou, pelo contrário, abrir-se-ia espaço para debater ideias e, conjuntamente, formular propostas que fossem levadas às diversas Assembleias Populares e às bases dos diversos movimentos para ser discutidas?
3 – Estão a pensar direccionar o Encontro para alguns temas/algumas questões em específico?
4 – Têm já pensado o local onde se realizaria o Encontro?
Como já referimos, achamos que estes e outros pontos devem ser abertos à discussão. Aproveitamos para deixar uma lista dos contactos de várias Assembleias Populares, movimentos e grupos que compilámos no final do Encontro de dias 14 e 15 de Janeiro, com o intuito de facilitar a comunicação entre todxs (e que vocês, inclusivamente, receberam):