A Acampada Coimbra decidiu aderir à convocatória para um Dia de Acção Alternativa no Dia Mundial dos Direitos Humanos, 10 de Dezembro de 2011 (Sábado). Mais de 50 cidades, espalhadas por mais de 20 países nos vários continentes, juntaram-se a esta iniciativa.
A Acampada Coimbra, neste dia, organizará duas actividades:
DEBATE: Um Olhar Crítico Sobre os Direitos Humanos
Teatro da Cerca de São Bernardo (junto ao pátio da inquisição) - 15h00 > 18h00
Projecção de documentário, seguido de debate com:
Bruno Kalon Gonçalves (mediador para as comunidades ciganas)
José Manuel Pureza (professor ces/feuc)
Raúl Llasag (doutorando ces/feuc)
Jonas Van Vossole (doutorando ces/feuc)
FESTA
cafetaria do museu de ciência (bar do chimico) - 23h > 2h00
animação com DJ SelektaD (Reggae, hip-hop, samba)
ENTRADA LIVRE; SEM CONSUMO OBRIGATÓRIO
Texto para estas acções, aprovado por consenso na Assembleia Popular de 4 de Dezembro
Um olhar crítico sobre os Direitos Humanos
No dia 10 de Dezembro, celebra-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Se estas comemorações já pareciam destoar da realidade vivida por uma grande parte de Humanidade em anos anteriores, agora, imerso que está o Mundo numa profunda crise, que reitera a miséria de milhões e simultaneamente arrasta muitas outras pessoas para o desemprego, a fome e a precariedade, há ainda maior necessidade de olhar para os Direitos Humanos consagrados de uma perspectiva crítica.
O capitalismo, como sistema de organização económica, assenta na exploração do trabalho de muitos, para que uma ínfima minoria enriqueça. Mesmo nos estados onde há décadas imperam regimes ditos democráticos, muitos dos direitos consagrados na Declaração Universal, e também nas suas Constituições, não passam de letra morta, ou de algo que fica bem lembrar em dias de festa, ou de campanha eleitoral.
Nunca o direito ao trabalho foi atingido por toda a população activa de um estado capitalista, quanto mais o direito ao trabalho digno e com direitos. Nunca o direito à habitação foi garantido: a bolha de especulação em torno do imobiliário levou a construções em escala faraónica; a sua implosão deixou milhões de casas vazias, enquanto são expulsas famílias que não conseguem pagar as suas hipotecas aos bancos.
Os direitos humanos deveriam garantir o respeito à pessoa, independentemente do seu género, nacionalidade, cor de pele, orientação sexual ou idade. No entanto, mesmo nos países ditos desenvolvidos, as opressões são aprofundadas, em grande medida para dividir todos aqueles que poderiam, caso estivessem unidos, afrontar este sistema e derrotá-lo, construindo em alternativa uma outra sociedade, essa sim, verdadeiramente justa e democrática.
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Para além das actividades organizadas pela Acampada Coimbra, outros grupos estão a organizar iniciativas neste dia:
Os Direitos Humanos não são um Jogo – Domino de arte Participativa
às 15h na Praça da República
Organização: Hemisférios Solidários
https://www.facebook.com/hemisferios.solidarios
https://www.facebook.com/hemisferios.solidarios
Debate: Violência contra as mulheres e direitos humanos das mulheres
também no Teatro da Cerca São Bernardo, às 18h
Organização: Núcleo de Coimbra da UMAR e República das Marias do Loureiro
5 Curtas + Tertúlia + Dinâmica teatral (17h00)
Festa Fora do Armário (a partir das 23h30)
no Pop Fresh
Organização: PATH (Plataforma Anti Homofobia e Transfobia) e Secção de Defesa dos Direitos Humanos / AAC
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