A Assembleia Popular de Coimbra (APC) é uma estrutura de deliberação colectiva aberta à participação de toda a comunidade cujos participantes mais activos são na sua maioria activistas inspirados pelos movimentos sociais que sucederam a primavera árabe, sobretudo o 15M espanhol mais conhecido como movimento dos indignados. Em torno da APC têm-se organizado acções diversas com cariz apartidário, laico e pacífico, visando a recuperação do sentido de comunidade através da ocupação dos espaços públicos. Acreditamos que da luta pelo "público" e pelo "comum" poderão ser lançadas as sementes para uma nova democracia. Uma democracia inclusiva, onde os valores da autodeterminação (ou autonomia), da igualdade e da liberdade sejam as linhas condutoras da construção duma sociedade para todas e para todos. O processo de decisão usado na APC é o consenso e não o voto porque não se pretende que a APC tenha unicamente uma função legitimadora de projectos individuais ou de grupos com interesses específicos mas sobretudo que proporcione condições para o desenvolvimento de trabalho colectivo assente nos valores da solidariedade e do respeito.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pontos Reivindicativos

1) Exigimos a preservação da integridade da Mata Nacional do Choupal, pelo que rejeitamos a construção de qualquer travessia sobre a mesma.

2) Exigimos a restituição do acesso a transportes públicos às populações que o perderam em virtude do plano de construção do Metro Mondego.

3) Exigimos que todas as actuais SCUT se mantenham sem portagens e que todas as ex-SCUT deixem de as ter. Exigimos que todas as populações sejam servidas por estradas públicas, gratuitas e de qualidade.

4) Reivindicamos o direito das pessoas e colectivos a ocupar, habitar, recuperar, remodelar, utilizar, gerir os espaços e infraestruturas abandonados, sejam eles públicos ou privados.

5) Exigimos a transformação imediata de todos os falsos recibos verdes em contratos de trabalho.

6) Rejeitamos a privatização das águas, da rede eléctrica nacional (REN), dos correios, dos transportes e vias de comunicação públicos, da Caixa Geral de Depósitos e dos serviços públicos de rádio e televisão.

7) Exigimos serviços de saúde e educação públicos, gratuitos, de qualidade e de acesso universal.

Aprovado em assembleia popular a 19 de Junho de 2011

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